segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Vida e Obra:

Vida:Nascido no seio de uma família burguesa abastada, teve à sua disposição os recursos materiais suficientes para que pudesse viver sem necessidade dos rendimentos do trabalho. Com apenas dez anos um colégio dirigido por padres jesuítas, o Colège Royal de la Flèche. Com 18 anos deixa o colégio para se matricular no curso de Direito em Poitiers, completando a sua licenciatura em 1616. Dedica-se então à carreira militar, alistando-se no exército protestante holandês de Maurício Nassau. Passa depois pela Dinamarca e daí para a Alemanha onde se alista nas tropas católicas do duque Maximiliano da Baviera.
Em 1619, supostamente após uns sonhos, toma consciência da sua verdadeira vocação de intelectual e abandona a carreira militar. Inicia então um período de viagens pela Alemanha e Holanda, regressando a França em 1622. Em Paris conhece o escritor Jean-Louis Guez (de Balzac) e cientistas como Morin, Mydorge e Villebressien. Convive também com o Padre Marsenne, homem muito interessado pelo saber e pelo culto, com quem Descartes mantém vasta troca de correspondência acerca da sua filosofia. É também durante este período que trava conhecimento com o Cardeal Pierre de Bérulle, homem extremamente influente, que convida Descartes a efectuar a defesa metafísica dos princípios religiosos.
Em 1628, escreve a sua primeira obra (em latim), "Regulae ad Directionem Ingenii" (Regras para a Direcção do Espírito), obra esta que viria a ser publicada apenas em 1701, cinco décadas após a sua morte. Nela expõe a autêntica ordem da razão e o método científico, rompendo com o método da física escolástica. Em 1637 publica o "Discours de la Méthode" (Discurso do Método) no qual critica o método da Escolástica e e propõe uma nova orientação para a Filosofia. Em 1633 escreve a sua obra de Física, "Le Monde", mas cuja publicação viria a ser adiada tarde devido à notícia da condenação de Galileu. Em 1641 publica as "Meditationes de Prima Philosophia" (Meditações sobre a Filosofia Primeira) onde procura dar uma fundamento sólido à ciência e responder ao ateísmo céptico e libertino. Em 1644 escreve outra obra célebre, esta em forma de manuais, "Principia Philosophiae" (Princípios de Filosofia), com a qual tenta impor nas escolas a sua filosofia em substituição da filosofia escolástica.
Em 1649 viaja para Estocolmo a convite da rainha Cristina da Suécia, cidade onde viria a falecer no ano seguinte, vítima de pneumonia.
Principais obras publicadas
Publicadas durante a sua vida
. Discours de la Méthode (1637)
. Meditationes de Prima Philosophia (1641)
. Principia Philosophiae (1644)
Publicadas após a sua morte
. Musicae Compendium (1650)
. Lettre Apologétique (1656)
. De Homine (1662)
. Le Monde ou le Traité de la Lumière (1664)
. Traité de la Formation du Foetus (1664)
. Traité de la Mecanique (1668)
. Regulae ad Directionem Ingenii (1701)

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